Hoje a nossa nutricionista Isabele
Maranhão da coluna Nutrição na Cozinha, vai falar sobre o glúten, doença que tem gerado muita curiosidade
ultimamente. Segue o artigo dela desta semana!
Essas dúvidas são
frequentes na atualidade. Então tentarei explicar a vocês de forma mais fácil,
o glúten é a principal fração proteica presente em alguns alimentos com
denominações diferentes, na aveia (avenina) no trigo (gliadina), no centeio
(secalina) e na cevada (hordeína) e este componente proteico é formado em
junção com a glutenina através do processo de sovagem, que é a mistura e
agitação, como de uma massa, por exemplo.
Imagem daqui |
A doença celíaca é uma
alteração no intestino que tem envolvimento de anticorpos pela sensibilidade ao
glúten, ou intolerância permanente ao glúten, naqueles indivíduos que são
geneticamente predispostos. O portador dessa doença pode apresentar atrofia
total ou subtotal das vilosidades do intestino delgado, ou seja, essas vilosidades
são responsáveis pela absorção dos nutrientes e nelas estão presentes algumas
enzimas, como a lactase por exemplo, enzima que digere a lactose (Mas, isso é
outro assunto!), então sem elas a absorção de alguns nutrientes fica
comprometida o que pode levar o indivíduo a um quadro de deficiência de
nutrientes.
Diante de
sintomas (de diarréia, distensão abdominal, vômito, perda de peso até
osteoporose, artrite e infertilidade, como pode ser assintomático - não
apresentar sintoma). A partir de algumas dessas queixas, o médico
gastroenterologista solicita alguns exames chamados de marcadores sorológicos
que são os anticorpos: antigliadina, antiendomísio e antitransglutaminase; isso
sempre associado a uma endoscopia digestiva alta com biópsia de intestino delgado.
E a partir daí é dado o diagnóstico, se confirmada a doença celíaca, o
indivíduo provavelmente será encaminhado ao nutricionista para uma dieta livre
de glúten e adequada às suas necessidades.
Lembrando que em 2003 a
indústria foi obrigada, segundo a Lei 10.674, de 16/05/2003, a informar no
rótulo de seus produtos a presença ou ausência de glúten com a expressão: com
ou sem glúten. Além disso, a variedade atual de alimentos sem glúten e a
criação de receitas sem glúten que normalmente contém glúten na sua preparação,
como pizza, salgados, bolos, biscoitos, é bastante extensa; o que favorece um
melhor convívio com a doença aliado a qualidade de vida das pessoas, sem
comprometer seu bem-estar. E atenção, assim como as alergias alimentares,
atentar para a contaminação cruzada, tanto em casa como na rua, em outras
palavras evitar a entrada ou o contato dos alimentos ou produtos que contém
glúten com os alimentos sem glúten que serão consumidos pelos celíacos; também
atentar para alguns cosméticos que apresentam trigo na sua composição.
Agora fica mais fácil
de entender não é?
Beijos
Isabele Maranhão
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